quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Em Resenha, Site Cultural Elogia ''Hello My Name Is...''


Mais um site lançou uma resenha sobre o álbum de Bridgit Mendler, “Hello My Name Is…”. No final de outubro, a revista de Internet Embrace You postou um texto bastante completo sobre o álbum, analisando cada canção – e até fazendo brincadeiras com o furacão Sandy, em passagem pelos Estados Unidos, ao falar de “Hurricane”. E a avaliação foi bem positiva, dando ao álbum 4,7 estrelas, numa escala de 0 a 5.

Leia a tradução completa, feita por nossa equipe – ou a versão original, clicando aqui.



Eu vi o nome de Bridgit Mendler na lista de novos lançamentos da Amazon, e não pude deixar de pensar onde eu havia visto essa garota antes. Na verdade, não foi em lugar nenhum, porque eu não vi nenhum dos seus filmes ou séries de televisão. Para me defender, digo que ela tem uma daquelas faces para que ninguém liga. Mas, para fãs da cantora pop que estreou recentemente, ela estrelou a popular série “Os Feitceiros de Waverly Place”, e agora “Boa Sorte, Charlie”. Por sorte, esta é uma resenha sobre seu álbum de estreia, não sobre sua carreira na atuação, porque eu nunca vi nenhuma dessas séries.
De fato, “Ready or Not” é um lançamento doce. Um álbum pop, nem tão grudento, com batidas pegajosas e revigorantes. A personalidade de Bridgit pode ser ouvida por todo o álbum, tornando sua estreia aceitável.
O single de apresentação, um funk-pop, abre o álbum num clima divertido. Bridgit canta de modo brincalhão por toda a faixa, e evita que ela se torne intensa. Eu me envergonho de não ter me lembrado que eu já tinha ouvido essa música, em agosto, e por não ter procurado no Google para saber mais sobre a cantora, porque eu gostei da canção, e da sensação positiva que me dá a cada vez que eu a ouço. O clipe da música é bonitinho, divertido e simples. Pode não ter superado a letra, mas valeu a pena ser filmado, tanto quanto vale a pena assisti-lo.
“Se você sair, espero que você seja enrolado por um pneu furado…”
“Forgot to Laugh” me fez balançar um pouquinho. Eu gostei dos elementos realistas usados na letra. A faixa é bem produzida, com uma guitarra típica do grunge, um baixo potente e bateria fortemente tocada, e os vocais animados de Mendler soando mais convincentes à medida que a faixa prossegue. As palavras criativas da música são muito atraentes, demonstrando a habilidade da cantora de incorporar humor em sua escrita, e, como a primeira faixa, afastam a tensão.
A introdução de “Top of the World” me atraiu à canção. Soa como uma melodia dramática, tirada de um filme em preto e branco, apenas com cenas ao invés das vozes. Sua transição para uma batida mais dance e pop foi uma surpresa saborosa. É uma canção satisfatória, onde os altos tons de Bridgit durante o refrão doeram um pouco nos meus ouvidos. São quase os de uma criança de sete anos. Por causa disso, não sei se ouvirei a música uma segunda vez, ou não.
É bem irônico ouvir uma faixa chamada “Hurricane”, quando estamos vivendo um desses. E, interessantemente, eu adorei a música. A abertura acústica me pegou imediatamente, e eu estou viciado no “oh, oh, oh” dela. A brincadeira da cantora, de usar fenômenos naturais como metáforas para o modo como ela se sente sobre seu amor, novamente mostra como ela é esperta como artista. O pop-rock acelerado é pegajoso e forte ao mesmo tempo.
“City Lights” adota um clima diferente das quatro músicas anteriores. Influenciada pelo country, a música combina pop urbano, rock e um pouco de soul acústico no caminho. Além disso, a adição de cordas enfatiza o propósito da canção. “City Lights” é a primeira, até agora, a não falar sobre relações, focando-se mais em perseguir seus sonhos e passar por desafios.
Bridgit volta ao tema “relacionamentos” com a balada “All I See is Gold”, com um pouco de rock e soul. A faixa permanece sutil, ainda que pareça-se com um conto de fadas, com melodias sensuais ao piano e harmonias vocais que ficam na cabeça; a bateria é controlada, só com o uso de tom-toms ao longo da faixa. Os vocais de Mendler são ouvidos mais limpamente do que nunca, sendo o único ponto para se focar na faixa, com a maioria dos instrumentos diminuídos. O seu cantar carregado de emoção reitera o significado por trás das palavras profundas.
Influenciada por músicas antigas, “The Fall Song” tem uma batida mid-tempo, que é revigorante e sossegada. A referência da faixa à estação atual, em comparação com os sentimentos da cantora, é muito inteligente, e bem sacada. Quem poderia imaginar alguém chegando com uma música sobre se apaixonar por alguém, e descrever isso tão bem, comparando aos efeitos do outono? É a arte de um escritor de romances.
Quando “Love Will Tell Us Where To Go” começou a tocar, eu achei que havia voltado ao Velho Oeste, durante uma daquelas sessões de filme, tarde da noite. O sentimento não é exatamente o que está nas entrelinhas, mas eu tive de falar isso. Na verdade, é uma canção sobre deixar o amor lhe comandar, e confiar em seu coração. É um canção pop, urbana, bonita e com um ritmo forte, com potencial para ser o único single do álbum. Esta faixa pode não ser dançante, mas tem um clima interessante, que chama a atenção.
“Blonde” reitera o lado divertido do álbum, brincando com o estereótipo associado à palavra, de que loiras são burras. Parece que Bridgit está enfatizando o preconceito besta que a sociedade tem com mulheres dessa cor de cabelo. O ritmo permaneceu em mid-tempo, ou lento, desde que “City Lights” terminou, e estou meio que antecipando uma sequência mais animada. “Blonde” é uma faixa bobinha, e relaxada, mas é hora de uma mudança de ritmo, de mais profundidade.
“Rocks at My Window” não poderia ter vindo em melhor hora. A faixa influenciada pelo reggae entra pelas minhas veias, e me faz bater os pés. Embora a letra seja meio solitária, a batida é energética. E a “ponte” é o melhor momento da canção, fazendo com que eu sinta vontade de dançar no meio da rua. É minha música favorita do álbum, de longe.
“5:15″ é hipnotizante. Esta é outra música excepcional, embora seja mid-tempo. A voz de Bridgit é doce como mel; seus vocais preenchem perfeitamente os versos cheios de paixão. Não posso ressaltar suficientemente como essas músicas são bem escritas. A canção é sobre esperar até o último minuto só para ver quem se ama, antes de ir embora. Bridgit se conscientiza de que cada segundo importa. Enquanto ela espera pelo que acontecerá, sinto cada essência disso nos instrumentos, todos cuidadosamente dispostos a confirmar suas emoções.
A balada quente “Hold on For Dear Love” tocou meu coração no momento em que o piano começou. O alcance vocal de Bridgit está bem balanceado, amável, e dá para acreditar nas palavras dela. De um jeito próprio, ela impressiona com essa faixa. É um fim apropriado para o álbum comum, mas deixa você querendo mais.

Faixas bônus:

Como eu adoro caixinhas de som e canções de ninar, o tom alto ao longo de“We’re Dancing” me irritou. Por outro lado, é uma canção divertida, e bem diferente do que eu tenho ouvido. É um electropop dance, ótimo para clubes, e divertido de se ouvir em casa. Adorei as cordas na “ponte”, mas achei que foram só colocadas lá, e tiradas rapidamente. Tivessem sido incluídas no refrão, desde o começo, e a música seria bem mais legal. Enfim, é uma canção razoável, com alguns probleminhas.
“Postcard” continua a sequência animada. Ao contrário de sua antecessora, a faixa está mais coesa, no que se refere à composição musical. As palmas, e os efeitos de assobio com eco são adições toleráveis, e a batida é viciante como um todo. Os tons de Mendler, ofegantes em algumas partes e vibrantes em outras, estão bem coordenados. A canção tem um arranjo criativo, em todos os aspectos.
O álbum termina com uma música maravilhosa. “Quicksand” é a balada mais sentida na versão de luxo, e no álbum inteiro. É simples, nos instrumentos usados, e convincente, nos vocais dela. Mendler é levada pelo amor que transborda na letra. Do começo ao fim, eu me liguei às emoções dela, e tive até arrepios enquanto a ouvia. Fui cativado pelo piano, e pelas cordas etéreas. A bateria, no fim da faixa, deu certo e ficou no lugar correto. Foi uma ideia brilhante, para manter a faixa leve e bonita.
“Hello My Name Is…” é revigorante, traz batidas novas, e é adorável. É um álbum divertido, com letras românticas e significativas, o que é incomum nesses dias, na música. Como uma atriz se arriscando em música, Bridgit teve uma primeira tentativa bem decente, e aguardo por algo bem mais forte na próxima vez.

Nota: 4,7/5




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